A língua portuguesa, do jeito que falamos, é uma das coisas que mais une (e, em parte, também divide) os brasileiros. Estamos ilhados entre países em que a nossa língua não é falada e, ao mesmo tempo, poucos de nós dominam outras línguas. Isso gera elementos de identidade, mas também argumentos equivocados. E o que dizer do silêncio sobre a real presença das línguas indígenas e africanas na formação do idioma ‘brasileiro’? Para não falar no complexo de inferioridade em relação à nossa própria língua.
Neste curso, Caetano Galindo desenvolve algumas dessas questões, indo bem além do que é tratado no seu livro Latim em Pó – Um Passeio pela Formação do Nosso Português. E oferece exemplos mais detalhados para entender as especificidades da nossa encantadora flor do Lácio, nosso broto de Luanda. Cada uma das três aulas tem como título um verso de uma canção. A primeira, ‘Dama culta e bela, língua de Avis’, destaca as origens da língua portuguesa. A segunda aula, ‘Sou negro, sou índio, sou maracatu’, esclarece a interferência das línguas originais do Brasil e daquelas trazidas pelos negros escravizados. Finalmente ‘Brasil, mostra a tua cara’ trata da situação social e política da nossa língua hoje.